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Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho

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NRE Jacarezinho

04/01/2021

Projeto Urbanidades Negras - representatividade em Jacarezinho lançado no final de 2020 pelos alunos do curso técnico em Recursos Humanos

A partir da frase “Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante” (Paulo Freire) é que o projeto: Urbanidades Negras – representatividade em Jacarezinho, foi planejado e desenvolvido com alunas e alunos do 1º e 2º ano do curso técnico em Recursos Humanos integrado ao ensino médio, com a disciplina Fundamentos Sociológicos das Organizações, no Colégio Estadual Rui Barbosa. As filmagens aconteceram no final de 2019 e a publicação dos oito episódios foram lançados em dezembro de 2020.

Em 2019, quando ainda desfrutávamos dos encontros presenciais na escola, surgiu a necessidade de ultrapassar os limites da sala de aula e do livro didático para impregnar de sentido o que estávamos reconstruindo enquanto saber sobre a cultura, diversidade, relações étnico raciais e urbanidade. Nossos encontros foram marcados por aulas dialogadas e saídas à campo, primeiro com visita guiada à Exposição Afro-brasileira, que integrou o V Mostra de Arte Afro-brasileira promovida pela UENP e instalada no museu Dom Ernesto de Paula e, tempos depois, os alunos foram à campo para realizar as entrevistas com algumas personalidades negras de Jacarezinho.

Contemplar conteúdos relacionados às relações étnico raciais e de gênero com futuros profissionais de Recursos Humanos é urgente para a promoção de uma sociedade menos desigual e menos violenta. O racismo institucional, como um desdobramento do racismo estrutural, impede que pessoas negras – sobretudo as mulheres – acessem com qualidade a educação básica, superior e o mercado de trabalho. Nesse sentido, os profissionais que ocupam as instituições devem compreender o poder de mudança social que lhes cabe, mas tal consciência será alcançada somente quando forem provocados a re-conhecer a realidade local e nacional a partir de uma educação ética, antirracista e cidadã. Conhecer a cidade, os sujeitos que a produzem e as relações que são estabelecidas é fundamental para a formação de profissionais comprometidos com o desenvolvimento de uma sociedade.  

Em sala de aula fizemos a elaboração coletiva dos roteiros de entrevistas e, estimulados por uma rápida oficina de técnica de filmagem, com o professor do IFPR Welk Daniel, os alunos foram à campo, dotados de autonomia para dialogarem e registrarem o conteúdo que faria parte de nossa série “Urbanidades Negras”. Os oito episódios apresentam experiências de artistas, de mulher empreendedora, mestres de capoeira e produtores culturais:

Episódio 1: Capoeira contemporânea – Mestre Salomão e Mestre Valtinho
Episódio 2: Cultura – James Rios
Episódio 3: Carnaval – Bruno do Cruzeirinho
Episódio 4: Rap e Universidade – Mc Kueyo
Episódio 5: Artes Plásticas – André Reis
Episódio 6: Cantinho do Capu – Mestre Capoeira
Episódio 7: Capoeira angola – Antonio Donizeti
Episódio 8: Boteco da Tete – Maria Tereza da Silva “Tete”

Ao longo de nossas produções foi possível identificar a potência de entrelaçar concretamente os caminhos da cidade e da escola, significando o mundo e nossas experiências de aprender, ensinar e transformar. Seguimos entoando a máxima apresentada por educadores como Paulo Freire, Moacir Gadotti e Miguel Arroyo: “Por uma cidade educadora e uma escola cidadã”.


Fonte: Caroline Goulart

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