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15/05/2015
"Semana Cultura dos Povos Indígenas" - Escola Estadual Indígena Arandu Pyahu e Aldeia Guarani Koe'Ju Porã
Na semana de 13 a 17 de abril de 2015 aconteceu em todos o Brasil a “semana Cultural dos Povos Indígenas”. Esta semana é dedicada a valorização da arte e cultura indígena como patrimônio cultural.
A Escola Estadual Indígena Arandu Pyahu e comunidade Indígena Guarani Koe'Ju
Porã localizada na Terra Indígena Marrecas - município de Turvo/Pr, comemoraram esta semana com diversas atividades como:
“Xondaro” é uma dança, mas ao mesmo tempo um treinamento de habilidades, praticada pelos homens. Com esta atividade os guerreiros aprendem a se defender e a defender sua comunidade. Esta prática começa desde pequeno e com o passar do tempo cada um vai aprimorando o jeito de ser um Xondaro. O Xondaro é uma arte Guarani, é dançado em semi circulo e com um guerreiro no meio que ira comandar os movimentos dos outros.
Quando da chegada dos espanhóis e portugueses na América, por volta de 1500, os Guarani já formavam um conjunto de povos com a mesma origem, falavam um mesmo idioma, haviam desenvolvido um modo de ser que mantinha viva a memória de antigas tradições e se projetavam para o futuro, praticando uma agricultura muito produtiva, a qual gerava amplos excedentes que motivavam grandes festas e a distribuição dos produtos, conforme determinava a economia de reciprocidade. Quando os europeus chegaram ao lugar que hoje é Assunção, no Paraguai, ficaram maravilhados com a “divina abundância” que encontraram.
Os Guarani vêm seu mundo como uma região de matas, campos e rios, como um território onde vivem segundo seu modo de ser e sua cultura milenar. Do território tradicional, historicamente ocupado pelos Guarani, que se estende por parte da Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil, os Guarani ocupam hoje apenas pequenas ilhas. Seu território, o solo que se pisa, é um tekoha, o lugar físico, o espaço geográfico onde os Guarani são o que são, onde se movem e onde existem. Esses povos guardam tradições de tempos muito antigos, que trazem na memória que vão atualizando em seu cotidiano, através de seus mitos e rituais.
Os povos Guarani são muito semelhantes nos aspectos fundamentais de sua cultura e organizações sociopolíticas, porém, diferentes no modo de falar a língua guarani, de praticar sua religião e aplicar as diversas tecnologias na relação com o meio ambiente. Tais diferenças, que podem ser consideradas pequenas do ponto de vista do observador, cumprem o papel de marcadores étnicos, distinguindo comunidades políticas exclusivas. Esses grupos reconhecem a origem e proximidade histórica, lingüística e cultural e, ao mesmo tempo, diferenciam-se entre si como forma de manter suas organizações sociopolíticas e econômicas.
Atualmente, os Guarani seguem vivendo onde sempre viveram, apesar de inumeráveis pressões, ameaças e mortes. Diversos grupos Guarani foram se estendendo pela América, mediante sucessivas migrações aliadas ao crescimento demográfico e as questões cosmologicas do povo Guarani que acredita na busca da "terra sem males", ou a "yvy marâey" . No território brasileiro vivem os Guarani:
A Escola Estadual Indígena Arandu Pyahu atende a Comunidade Indígena Guarani Koe'Ju Porâ, localizada em Terra Indígena de Marrecas - município de Turvo-Pr.
A Escola Estadual Indígena Arandu Pyahu e comunidade Indígena Guarani Koe'Ju
Porã localizada na Terra Indígena Marrecas - município de Turvo/Pr, comemoraram esta semana com diversas atividades como:
- Colheita de contas de rosário na aldeia e ensino de confecção de colar e pulseira. (Professora Sebastiana Krexu Palácio e alunos do 3º,4º e 5º ano);
- Atividades de canto;
- Dança típica Guarani, chamada “Xondaro” ou “dança dos guerreiros”.
“Xondaro” é uma dança, mas ao mesmo tempo um treinamento de habilidades, praticada pelos homens. Com esta atividade os guerreiros aprendem a se defender e a defender sua comunidade. Esta prática começa desde pequeno e com o passar do tempo cada um vai aprimorando o jeito de ser um Xondaro. O Xondaro é uma arte Guarani, é dançado em semi circulo e com um guerreiro no meio que ira comandar os movimentos dos outros.
Um pouco de história e cultura Guarani.
Quando da chegada dos espanhóis e portugueses na América, por volta de 1500, os Guarani já formavam um conjunto de povos com a mesma origem, falavam um mesmo idioma, haviam desenvolvido um modo de ser que mantinha viva a memória de antigas tradições e se projetavam para o futuro, praticando uma agricultura muito produtiva, a qual gerava amplos excedentes que motivavam grandes festas e a distribuição dos produtos, conforme determinava a economia de reciprocidade. Quando os europeus chegaram ao lugar que hoje é Assunção, no Paraguai, ficaram maravilhados com a “divina abundância” que encontraram.
Os Guarani vêm seu mundo como uma região de matas, campos e rios, como um território onde vivem segundo seu modo de ser e sua cultura milenar. Do território tradicional, historicamente ocupado pelos Guarani, que se estende por parte da Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil, os Guarani ocupam hoje apenas pequenas ilhas. Seu território, o solo que se pisa, é um tekoha, o lugar físico, o espaço geográfico onde os Guarani são o que são, onde se movem e onde existem. Esses povos guardam tradições de tempos muito antigos, que trazem na memória que vão atualizando em seu cotidiano, através de seus mitos e rituais.
Os povos Guarani são muito semelhantes nos aspectos fundamentais de sua cultura e organizações sociopolíticas, porém, diferentes no modo de falar a língua guarani, de praticar sua religião e aplicar as diversas tecnologias na relação com o meio ambiente. Tais diferenças, que podem ser consideradas pequenas do ponto de vista do observador, cumprem o papel de marcadores étnicos, distinguindo comunidades políticas exclusivas. Esses grupos reconhecem a origem e proximidade histórica, lingüística e cultural e, ao mesmo tempo, diferenciam-se entre si como forma de manter suas organizações sociopolíticas e econômicas.
Atualmente, os Guarani seguem vivendo onde sempre viveram, apesar de inumeráveis pressões, ameaças e mortes. Diversos grupos Guarani foram se estendendo pela América, mediante sucessivas migrações aliadas ao crescimento demográfico e as questões cosmologicas do povo Guarani que acredita na busca da "terra sem males", ou a "yvy marâey" . No território brasileiro vivem os Guarani:
- Mbya;
- Kaiowá;
- Nhandeva).
A Escola Estadual Indígena Arandu Pyahu atende a Comunidade Indígena Guarani Koe'Ju Porâ, localizada em Terra Indígena de Marrecas - município de Turvo-Pr.
Fonte: Nação Indígena - Povos Originários do Brasil – disponível em http://nacaoindigena.com/2012/10/30/historia-e-cultura-guarani/ - Diretora da Escola Estadual Indígena Arandu Pyahu, Professora Ana Klingeski